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A região africana de onde vem essas matrizes se concentra na região que hoje é formada principalmente pelos países Nigéria, Benin e parte de outros como Mali, Niger, Burkina Fasso. Cada região dessas, ou ainda divisões de regiões tinham seus costumes, línguas, toques e até orixás distintos. Elas formavam nações que vieram ao Brasil ou que deram origens a divisões próprias. Termos étnicos como nagôs, jejes, angolas, congos, fulas, representavam identidades criadas pelo tráfico de escravo, onde cada termo continha um leque de tribos escravizadas de cada região.
Começo pela nação Nagô, que hoje é fundamentada em Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Nagô é nome dado a todo negro iorubano ou da costa dos escravos (área costeira da nigéria) que falava ou entendia Ioruba. Seus orixás fundamentais são Xangô, Ogum, Exú, Oshum, Omolú, Iemanjá, ... Ou seja, são orixás cujo culto originam naquela região.
O tratado de paz de 1657 assinado pela Rainha Nzinga Mbandi Ngola e a coroa portuguesa através da mediação do Papa Alexandre, encerrou a guerra no império do Congo e o tráfico escravista europeu na região. Dessa forma, o tráfico iria pouco a pouco migrando para a região chamada de Costa da Mina (hoje o Benin), que era onde localizavase o Daomé (ou ainda Império Daometano), na época vinculado ao próprio Nagô.
A cidade de Elmina em Gana foi uma grande feitoria nessa época, mandando mais africanos ao Brasil do que qualquer outra. Esta região originou a nação de canbomblé chamada de Kêtu (ou ainda Kètu, em iorubá). Seus orixás fundamentais são Oshossi, Logun Edé, Ossain, ..., e encontra-se hoje bastante enrraizada na Bahia.
No maranhão, o tambor de mina tem maior força, apesar de que o Nagô também é bastante cultuado por lá. Esse nome vem expressão "negro-mina", da feitoria de São Jorge da Mina, que era localizada na republica de Gana. Eram Negros-Mina todos os que viam ao leste do Castelo de São Jorge da Mina (foto abaixo).
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O Maranhão foi um grande centro de comércio de escravos principalmente no último século do tráfico, entre 1750 e 1850. No tambor de mina mais tradicional a iniciação é demorada, não havendo cerimônias públicas de saída, sendo realizada com grande discrição no recinto dos terreiros e poucas pessoas recebem os graus mais elevados ou a iniciação completa.
Já o Xambá é uma "nação" mais recente, corruptela do Nagô. Lembranças de 1020 quando o Babalorixá Artur Rosendo Pereira deixa Alagoas, fugindo da perseguição política para Pernambuco. Antes mesmo de ir a Pernambuco, foi para Dakar (Senegal) onde permaneceu com seu Tio por quatro anos, também tabalhando fundamento de santo. De volta ao Brasil, já em Pernambuco, funda uma casa e forma várias pessoas no santo.
Já o Jeje, não era de fato uma nação ou povo africano. Nunca existu um povo Jeje especificamente. As pessoas consideradas Jejes eram formadas pelos povos Fons (do Daomé) e pelos Mahins. Jeje era o nome perjorativo dado pelos yorubas ara as pessoas do leste de Saluvá, cidade que na verdade era chamada de Save, onde se cultuava Nanã. O Abomei ficava no oeste, enquanto Ashantis era a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje.
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O "candomblé de angola" ou candomblé bantu é um capitulo a parte. A palavra Bantu compreende Angola e Congo, é uma das maiores nações do Candomblé, uma religião Afro-Brasileira. Desenvolveu-se entre escravos que falavam Quimbundo e Quicongo. O povo bantu não cultua orixás, e sim os Nkisis (lê-se Inquisis), que são entidades antepassadas mais recentes que os orixás.
É isso... depois entramos em Juremas, Umbandas, Torés e outras práticas bacanas. Este primeiro texto é uma série (não muito grande, verdade seja dita e antecipada) de características que diferenciam as nações de candomblé. Dessa forma, vou preparar um apenas sobre a parte musical entre eles.
ridiculo
ResponderExcluirnossa eu nao ' gosto dessas coisas mas
ResponderExcluire sempre bom ' agente manter nossa cultura
pq assim ganhamos mas valores !!!