domingo, 18 de abril de 2010

APRESENTAÇÃO DO AFOXÉ OXUM ODOLÁ NA IGREJA DO ROSÁRIO HOMENAGEANDO TODOS OS MARACATUS EM FORTALEZA-CE

APRESENTAÇÃO DO AFOXÉ OXUM ODOLÁ NA IGREJA DO ROSÁRIO HOMENAGEANDO TODOS OS MARACATUS EM FORTALEZA-CE NO DIA 25/03/2010.



Neste dia 25 de março é dia de Reis e de Rainhas, de Negros, Índios e Brancos, numa mesma batida, ao som encantado de ferros e tambores, que mostra que somos a terra da luz, terra de liberdade!!!
É dia do Nosso Maracatu Cearense, de tanta tradição, que mostra a identidade de um povo, que vive em sua maioria nas periferias, onde a arte sempre se mostra atuante e transformadora de vidas, onde a cultura floresce apesar das adversidades.
É quando a mão bate o tambor, quando os ferros trinam e calungas e balaios ganham as ruas e quintais, é quando o povo se torna Reis e Rainhas, Príncipes e Princesas, são Brincantes do Maracatu, Maracatu que sonha, que luta e que se mantém Vivo e Pulsante, ecoando nesta cidade de Mestre Jucá do Balaio, Raimundo Boca Aberta, Alfrânio Rangel, Pingo de Fortaleza, Calé Alencar, Descartes Gadelha e tantos outros que fazem a história deste MARACATU do meu Ceará!

domingo, 11 de abril de 2010

**INDICA**

**INDICA**
INSTITUTO DE DIFUSÃO DA CULTURA AFRO -BRASILEIRA


DENTRE UMA DAS AÇÕES DO INDICA ESTÁ: O AFOXÉ OXUM ODOLÁ E O ILÊ AXÉ OXUM ODOLÁ.

Como forma de celebrar a cultura negra, o Instituto de Difusão da Cultura Afrobrasileira (Indica), decidiu fundar um afoxé, ideia abençoada pelo Pai de Santo Wagner de Oxum, ou Oxum Lodê, presidente do Indica, que batizou o grupo de Oxum Odolá, em reverência à sua mãe Oxum.


AFOXÉ

Muitas foram as manifestações da cultura popular deixadas no Brasil pelo povo africano .Uma delas foi a musica e a dança manifestada em diversas oportunidades e ocasiões como nos cortejos, nos folguedos e no carnaval.

O Afoxé é um cortejo carnavaleso acompanhado por instumentos de percussão como o "AGBÊ" ( cabeça coberta por uma rede de cotas ) "ATABAQUES" (de três tipos) e o "AGOGO" (uma espécie de chocalho duplo) e com melodias oriundas dos terreiros afro-brasileiros, puxadas em solo e respondidas por todos os brincantes.O Afoxé ressurgiu em Pernambuco, nos anos 70, como forma de se fazer chegar á maioria da população, o debate sobre consciência negra . Como forma de dar visibilidade as suas ações,o Instituto de Difusão da Cultura Afro-Brasileira (INDICA) criou o AFOXÈ OXUM ODOLÀ,


que tem seus ensaios no Parque da Liberdade,aos domingos de 15:00 as 18:00 horas,abertos a Comunidade.

Visite o blog do INDICA: http://indica.zip.net
Visite no orkut de uma das ações do INDICA: AFOXÉ OXUM ODOLÁ

- PERFIL NO ORKUT AFOXÉ OXUM ODOLÁ: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=11752123183164553367
- COMUNIDADE NO ORKUT: AFOXÉ OXUM ODOLÁ

E-MAIL:indicafortaleza@gmail.com
contatos: (85) 8845.9423

INFORMAÇÕES DOS ENSAIOS DO AFOXÉ OXUM ODOLÁ AOS DOMINGOS

INFORMAÇÕES DOS ENSAIOS DO AFOXÉ OXUM ODOLÁ
AOS DOMINGOS



AMIGO(a) DO AFOXÉ OXUM ODOLÁ,
Os ensaios do afoxé Oxum Odolá acontecem nos domingos às 15 hs no Parque das crianças.Somente o último domingo de cada mães será realizadoo ensaio no Passeio Público às 15 hs.
Iniciaremos os ensaios com novidades percussivas. Estaremos dando atenção maior aos tambores de mão. Vamos trabalhar no início do ensaio com mais calma, dando ênfase a técnica de bater e exercícios para cadenciar melhor nosso ijexá. Este é o primeiro momento da novidade.
O segundo momento é o retorno aos ritmos do nagô, tocados em ilús.

Nossa meta será praticar pelo menos dois ritmos por ensaio,alternando-os conforme vamos absorvendo.

O nagô é a nação do nosso afoxé, os seus ritmos são lindos e um diferencial para os grupos de afoxé e ainda grupos afros do ceará. Após absorção, poderemos iniciar trabalhos de dança específicas para estes ritmos, trazendo pro nosso show com um aspecto mais de espetáculo.

É só chegar que o coração de Oxum é grande... e tem espaço para quem quiser dançar, cantar, tocar um instrumento e conhecer melhor o toque Ijexá


CONTAMOS COM SUA PRESENÇA..


Orayêyê, Oxum! Oxum Odolá..lá vem, lá vem Oxum Odolá...


MUITA PAZ, LUZ, FORÇA, FÉ E ESPIRITUALIDADE..
QUE A LUZ DE MAMÃE OXUM ILUMINE A TODOS COM MUITA PAZ , SAÚDE , LUZ E AMOR..
Orayêyê, Oxum! Oxum Odolá..lá vem, lá vem Oxum Odolá...




segunda-feira, 5 de abril de 2010

Nações do candomblé

Nosso candomblé praticado no Brasil é essencialemente feito no Brasil, com matrizes africanas. Isso significa dizer que "na áfrica" é diferente. Alías, "na áfrica" é uma generalização tremenda, por isso vamos evitar este termo, certo ?

De Imagens do Blogger

A região africana de onde vem essas matrizes se concentra na região que hoje é formada principalmente pelos países Nigéria, Benin e parte de outros como Mali, Niger, Burkina Fasso. Cada região dessas, ou ainda divisões de regiões tinham seus costumes, línguas, toques e até orixás distintos. Elas formavam nações que vieram ao Brasil ou que deram origens a divisões próprias. Termos étnicos como nagôs, jejes, angolas, congos, fulas, representavam identidades criadas pelo tráfico de escravo, onde cada termo continha um leque de tribos escravizadas de cada região.

Começo pela nação Nagô, que hoje é fundamentada em Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Nagô é nome dado a todo negro iorubano ou da costa dos escravos (área costeira da nigéria) que falava ou entendia Ioruba. Seus orixás fundamentais são Xangô, Ogum, Exú, Oshum, Omolú, Iemanjá, ... Ou seja, são orixás cujo culto originam naquela região.

O tratado de paz de 1657 assinado pela Rainha Nzinga Mbandi Ngola e a coroa portuguesa através da mediação do Papa Alexandre, encerrou a guerra no império do Congo e o tráfico escravista europeu na região. Dessa forma, o tráfico iria pouco a pouco migrando para a região chamada de Costa da Mina (hoje o Benin), que era onde localizavase o Daomé (ou ainda Império Daometano), na época vinculado ao próprio Nagô.

A cidade de Elmina em Gana foi uma grande feitoria nessa época, mandando mais africanos ao Brasil do que qualquer outra. Esta região originou a nação de canbomblé chamada de Kêtu (ou ainda Kètu, em iorubá). Seus orixás fundamentais são Oshossi, Logun Edé, Ossain, ..., e encontra-se hoje bastante enrraizada na Bahia.

No maranhão, o tambor de mina tem maior força, apesar de que o Nagô também é bastante cultuado por lá. Esse nome vem expressão "negro-mina", da feitoria de São Jorge da Mina, que era localizada na republica de Gana. Eram Negros-Mina todos os que viam ao leste do Castelo de São Jorge da Mina (foto abaixo).

De Imagens do Blogger

O Maranhão foi um grande centro de comércio de escravos principalmente no último século do tráfico, entre 1750 e 1850. No tambor de mina mais tradicional a iniciação é demorada, não havendo cerimônias públicas de saída, sendo realizada com grande discrição no recinto dos terreiros e poucas pessoas recebem os graus mais elevados ou a iniciação completa.

Já o Xambá é uma "nação" mais recente, corruptela do Nagô. Lembranças de 1020 quando o Babalorixá Artur Rosendo Pereira deixa Alagoas, fugindo da perseguição política para Pernambuco. Antes mesmo de ir a Pernambuco, foi para Dakar (Senegal) onde permaneceu com seu Tio por quatro anos, também tabalhando fundamento de santo. De volta ao Brasil, já em Pernambuco, funda uma casa e forma várias pessoas no santo.

Já o Jeje, não era de fato uma nação ou povo africano. Nunca existu um povo Jeje especificamente. As pessoas consideradas Jejes eram formadas pelos povos Fons (do Daomé) e pelos Mahins. Jeje era o nome perjorativo dado pelos yorubas ara as pessoas do leste de Saluvá, cidade que na verdade era chamada de Save, onde se cultuava Nanã. O Abomei ficava no oeste, enquanto Ashantis era a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje.

De Imagens do Blogger

O "candomblé de angola" ou candomblé bantu é um capitulo a parte. A palavra Bantu compreende Angola e Congo, é uma das maiores nações do Candomblé, uma religião Afro-Brasileira. Desenvolveu-se entre escravos que falavam Quimbundo e Quicongo. O povo bantu não cultua orixás, e sim os Nkisis (lê-se Inquisis), que são entidades antepassadas mais recentes que os orixás.

É isso... depois entramos em Juremas, Umbandas, Torés e outras práticas bacanas. Este primeiro texto é uma série (não muito grande, verdade seja dita e antecipada) de características que diferenciam as nações de candomblé. Dessa forma, vou preparar um apenas sobre a parte musical entre eles.